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Oscar: Mais do que cinema, Brasil mostrou que sabe fazer marketing

Prêmio de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui prova que não basta colocar o ovo...



March 4, 2025
Coluna: Marketing, comunicação e marca
Colunista: Arthur Moraes

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Um dia histórico para nós brasileiros, para o cinema e para a cultura. O primeiro Oscar brasileiro veio na noite de domingo. 

Recebido pelas mãos de Walter Salles, gênio que dirigiu Ainda Estou Aqui, que arrematou o maior prêmio do cinema mundial com Melhor Filme Internacional. Mas isso não mostra apenas ao mundo nosso cinema, mas que aprendemos a falar bem da gente mesmo, e sabemos fazer marketing com isso.

O filme estreou em novembro de 2024, desde então, começou uma campanha mundial de divulgação do primeiro longa com produção do Globoplay, streaming da Globo. 

Participação em festivais e premiações mundo afora, ele foi selecionado para mais de 50 festivais e 26 premiações no Brasil e no mundo. Lembro aqui que o longa ganhou o prêmio de Melhor Roteiro e foi aplaudido por mais de dez minutos no Festival de Veneza.

Neste período de campanha do filme, Fernanda Torres virou meme, boneco gigante no carnaval e a embaixadora brasileira para o mundo. O planejamento de marketing contava com inúmeras entrevistas na TV, capas de revistas e jornais. A estratégia era mais do que mostrar uma atriz brasileira em seu melhor momento da carreira, mas o jeito brasileiro e autêntico que só quem imortalizou Fátima (Tapas & Beijos) e Vani (Os normais) poderia fazer... "Nanda", para os íntimos.

Ainda Estou Aqui mostrou mais do que uma maturidade do cinema nacional, mostrou que se precisa ter um grande planejamento de marketing para conquistar o público, e deu certo. Além de ser consagrado pelo Oscar, vindo em pleno Carnaval, temos...

Orçado em R$45 milhões, Ainda Estou Aqui teve a maior bilheteria entre os indicados ao Óscar de Melhor Filme Internacional. Já arrecadou R$150 milhões ao redor do mundo. Só aqui no Brasil, mais de 5 milhões de pessoas foram assistir ao filme, se tornando o sétimo maior público do cinema nacional. Além disso, a propaganda do filme foi tão grande que ele chegou a mais de 750 salas de cinemas nos Estados Unidos, também liderou as bilheterias em Portugal por mais de um mês.

Existe uma máxima na faculdade de publicidade que diz: Porque o ovo de galinha vende mais do que a pata? Não basta colocar o ovo, tem que cacarejar! O cinema nacional há anos encanta os brasileiros com produções incríveis, mas com pouca relevância internacional, e por aqui também. Com Walter Salle, aprendemos a fazer marketing, a falar bem do Brasil aqui e lá fora. Exaltamos a nossa cultura, e a importância de divulgar as histórias que merecem ser contadas no fascínio que só o cinema proporciona. 

Parabéns ao Brasil, à cultura, à democracia, ao nosso cinema nacional. Sentimos apenas por Fernanda Torres, não ter levado o prêmio de Melhor Atriz. Mas, vamos sorrir, sim! Sorriam! Temos motivos de sobra para isso.




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Arthur Moraes

Arthur Moraes

Arthur é jornalista, pós-graduado em Branding, Marketing e Experiência Digital, com formação também em Produção Audiovisual pela Academia Internacional de Cinema.

Ele acredita no poder transformador da comunicação. E através da inovação e de estratégias modernas de marketing, baseadas em propósitos humano e verdadeiro, ajudou a criar e manter marcas fortes do mercado de seguros.

Email: arthur@segurogaucho.com.br



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