Coluna: Marketing, comunicação e marca
Colunista: Arthur Moraes
Mary Shelley escreveu Frankenstein em 1818, há mais de duzentos anos, e, de lá pra cá, sua criatura já ganhou vida em mais de 60 filmes. Agora sob a tutela da Netflix e o olhar sensível de Guillermo del Toro, o monstro volta à cena, mais humano do que nunca.
Nesta nova versão, estrelada por Oscar Isaac, Jacob Elordi e Mia Goth, Frankenstein deixa de ser apenas o resultado de uma experiência científica, que assusta, que mata e passa a ser um monstro que pensa, sente e ama. Paradoxalmente, é isso que o torna tão atual, e tão útil para você, Corretor de Seguros.
Victor Frankenstein, um estudante obcecado pela ciência, costurou várias partes de corpos e deu vida aquela criatura. A sua Corretora também vai nessa linha: Cada pessoa do time, cada atendimento, cada mensagem no WhatsApp ou publicação nas redes, são pedaços que formam a sua marca viva, um organismo com alma, voz e coração. Pensar nesse processo todo é importante e coerência aqui é essencial.
Uma marca sem alma é como o primeiro Frankenstein, viva, mas vazia.
Uma marca humana, por outro lado, nasce quando você se mostra.
No filme, a criatura aprende a falar observando uma família. Aprende o valor das palavras, dos gestos e do afeto. É o mesmo processo que uma marca precisa passar: aprender a se comunicar, não com frases prontas, mas com voz própria.
O “monstro” de Del Toro humaniza-se no contato com o outro.
A sua marca também.
E humanizar não é encher o Instagram de fotos de bancos de imagem.
É mostrar o rosto de quem está por trás da marca, o jeito de escrever, o tom do atendimento, o cuidado nos detalhes.
Tudo precisa estar alinhado: o WhatsApp, o e-mail, ou telefonema.
Porque, no fim, cada ponto de contato é uma pequena costura que gera confiança.
Outra lição que o filme traz para sua marca é que Frankenstein, o monstro que quis ser normal, é um lembrete de que a vida real é imperfeita, mas é nela que mora a verdade.
Humanizar não é parecer perfeito, é parecer de verdade.
Del Toro fez o que poucos diretores ousaram fazer: deu ao monstro humanidade. Olhou para dentro da criatura e viu sentimento onde antes só se via medo. E talvez esse seja o maior ensinamento para qualquer marca, principalmente as de corretoras de seguros. Humanizar é isso: enxergar o que existe por trás das apólices, das planilhas e das metas. É dar voz, emoção e propósito a algo que nasceu para proteger vidas. No fim, toda marca é um pequeno Frankenstein, feita de muitas partes, mas só ganha verdade quando aprende a sentir.
Toda marca que sobrevive é aquela que, assim como o monstro de Frankenstein, aprendeu a ser humana.
Arthur é jornalista, pós-graduado em Branding, Marketing e Experiência Digital, com formação também em Produção Audiovisual pela Academia Internacional de Cinema.
Ele acredita no poder transformador da comunicação. E através da inovação e de estratégias modernas de marketing, baseadas em propósitos humano e verdadeiro, ajudou a criar e manter marcas fortes do mercado de seguros.
Email: arthur@segurogaucho.com.br



