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Equidade de gênero avança no mercado segurador: Profissionais destacam práticas e desafios do setor

Temática vem ganhando cada vez mais relevância e espaço no mercado de seguros brasileiro



🏆 Conteúdo Exclusivo
May 6, 2025

Por 🏆 Seguro Gaúcho | Andréia Pires
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A pauta da diversidade e da equidade de gênero vem ganhando cada vez mais relevância no mercado de seguros. Entre as seguradoras que movimentam o setor no Brasil, a MAG Seguros é um exemplo de como ações consistentes e estruturadas têm gerado resultados concretos: atualmente, 52% dos cargos de liderança da companhia são ocupados por mulheres. O número não apenas reflete uma mudança de cenário, mas também demonstra o impacto de políticas internas que colocam a inclusão como um pilar estratégico da gestão de pessoas.

“Na MAG, a diversidade é um pilar estratégico da nossa gestão de pessoas, refletindo o nosso compromisso com a construção de um ambiente mais justo, representativo e alinhado à realidade dos nossos clientes e da sociedade”, destaca Patrícia Campos, diretora de Gente e Gestão (CHRO) do Grupo MAG.

Programas de mentoria para o desenvolvimento de lideranças femininas, treinamentos sobre liderança inclusiva, processos seletivos mais abrangentes e ações de conscientização fazem parte das iniciativas da empresa. “Nosso Programa Plural é um exemplo dessa dedicação: trata-se de uma iniciativa estruturada para fomentar um ambiente inclusivo e seguro, com ações direcionadas a mulheres, pessoas com deficiência, comunidade LGBTQIAPN+ e pessoas negras”, acrescenta a executiva.

O reflexo dessas práticas também pode ser observado no comportamento do consumidor. Segundo dados da própria companhia, 46% das contratações de seguro de vida já são feitas por mulheres. Muitas dessas consumidoras demonstram preferência por serem atendidas por outras mulheres, em busca de empatia e compreensão durante o processo.

“Na MAG, acreditamos que as mulheres não buscam privilégios nem favorecimentos, mas sim oportunidades reais em um ambiente onde não existam restrições ou limitações ao seu desenvolvimento”, ressalta a diretora. Para ela, o modelo de remuneração baseado em performance, aliado à cultura de apoio entre mulheres e ao incentivo de lideranças masculinas engajadas, cria um ecossistema de crescimento e valorização da diversidade.

Além disso, a história da empresa com o público feminino remonta a mais de duas décadas. “Há mais de 25 anos, iniciamos o Programa para Formação de Especialistas em Vida e Previdência, em um momento em que a representatividade feminina no mercado de seguros era muito baixa. Desde então, temos orgulho de ter contribuído para expandir essa presença — tanto no mercado quanto dentro da própria MAG”, conta Patrícia.

A desmistificação da posição de liderança e outros desafios

Quem também acompanha de perto a evolução dessa pauta é Rafaela Laerte, presidente da Comissão de Diversidade, Equidade & Inclusão da CNseg. Com uma visão ampla sobre o setor, Rafaela reconhece os avanços, mas destaca que ainda há muito a ser feito. “Quando a gente fala em liderança, existem sim vieses inconscientes. Inclusive, existe uma tendência de acharmos que, dada a evolução, os vieses não existem mais. E na verdade eles estão presentes, estarão presentes”, pontua.

Ela defende que um dos maiores desafios é desmistificar a posição de liderança como algo atrelado a um perfil historicamente masculino. “A liderança humanizada, que vem sendo muito dita, traz muitos benefícios para o avanço de mulheres na liderança, porque são habilidades muito possíveis do feminino também”, observa. Rafaela também chama atenção para o conservadorismo do setor e para o tempo de permanência de profissionais, que ainda favorece homens mais antigos nas empresas.

A famosa “síndrome da impostora” também aparece como uma barreira a ser superada. “Percebo que também está num outro lugar. Até então, nós estávamos nesse lugar de forma silenciosa e agora já vejo mulheres que reconhecem a síndrome e querem sair desse lugar”, analisa. Para ela, o empoderamento e o apoio entre o sexo feminino são fatores essenciais. “O networking é extremamente relevante quando nós falamos de equidade de gênero e desse avanço. As pessoas falam: ‘uma sobe e puxa outra’, e é nesse lugar de apoio e de defesa que ainda estamos evoluindo”.

Identidade de gênero e inclusão em pauta

Sobre identidade de gênero e inclusão da população LGBTQIAPN+, Rafaela é enfática: “No nosso mercado, acolher é segurar pessoas. E quando eu penso em assegurar e acolher, eu deveria — e acho que estamos fazendo isso muito bem — entender a pessoa como ela se identifica no mundo.” Para ela, o uso do nome social, por exemplo, é uma forma concreta de reconhecer a existência e valorizar a diversidade dos clientes e colaboradores.

Ela também reforça a conexão direta entre diversidade e resultados. “Estamos falando sobre rentabilidade de negócio. Quando eu garanto segurança psicológica e a pessoa se sente parte daquele espaço, eu consigo garantir produtividade, engajamento, inovação e, consequentemente, uma vontade de consumir aquele produto”.

Entre as boas práticas do setor, Rafaela cita a incorporação da diversidade como estratégia de negócio. “Diversidade é super positiva como direitos humanos, mas estamos falando de muito além disso. Estamos falando de resultados, de performance, de inovação e de conexão real com as pessoas”.

Presença feminina no mercado segurador gaúcho

Niris Cristina Fredo Cunha, conselheira consultiva e Regional RS da associação Sou Segura, entidade reconhecida por seu compromisso com a equidade e a inclusão no mercado de seguros, avalia a presença feminina dentro do setor no Rio Grande do Sul, que segundo ela, tem testemunhado um aumento significativo na participação de mulheres. “Nos últimos anos, embora a equidade de gênero ainda seja uma meta a ser alcançada, podemos observar essa crescente presença feminina em cargos de liderança, como diretoras e gerentes, em diversas áreas do setor: seguradoras, prestadoras de serviços e corretoras”, pontua.

Um fator importante para essa mudança, segundo Niris, é a implementação de programas de diversidade e inclusão por parte das empresas, além do surgimento de redes de apoio e associações que visam fortalecer a presença feminina no mercado, como a Sou Segura.​ “Embora tenhamos visto progressos, a jornada para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no mercado de seguros ainda é longa. Um dos desafios é garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional e atualização de conhecimentos, sem que isso prejudique seu desempenho ou gere sobrecarga”, destaca.

Para a entrevistada, infelizmente, o ambiente competitivo exige constante aprimoramento, e conciliar isso com as demais responsabilidades pode ser desafiador. “Nesse contexto, redes e associações femininas têm um papel fundamental, oferecendo apoio, mentoria e recursos para que as mulheres possam se desenvolver e alcançar seu máximo potencial no ​setor de seguros”, finaliza.





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