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Desligamento das redes 2G e 3G no Brasil: determinação pode custar R$ 3,47 bilhões ao mercado de seguros

Setor de seguros automotivos precisa substituir mais de 13,8 milhões de rastreadores



Geral
May 16, 2025

Por Links Field
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Uma determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) irá desativar gradualmente as redes móveis 2G e 3G no Brasil até 2028, exigindo uma ampla substituição de dispositivos que dependem dessas tecnologias. O impacto será particularmente sentido no mercado de seguros, onde milhões de veículos monitorados com rastreadores 2G/3G precisarão de equipamentos compatíveis com redes 4G.

De acordo com estudos da Links Field, operadora de rede virtual (MVNO) especializada em conectividade M2M e IoT, o desligamento das redes legadas demandará mais de R$ 10,3 bilhões em investimentos no Brasil, com R$ 3,47 bilhões diretamente ligados ao mercado de rastreamento veicular, uma das principais ferramentas usadas por seguradoras para precificação de apólices, recuperação de veículos e combate a fraudes.

São mais de 22 milhões de dispositivos atualmente operando nas redes legadas, muitos deles usados em seguros automotivos para monitoramento de veículos. Com o fim do suporte ao 2G e 3G, empresas que não realizarem a migração a tempo poderão enfrentar riscos operacionais, como falhas no rastreamento, aumento de custos e perda de competitividade.

Riscos e custos para seguradoras

O estudo aponta que o custo médio de substituição de um rastreador será de R$ 295 por dispositivo, incluindo a aquisição de novos equipamentos e o serviço técnico de instalação. Para muitas seguradoras que dependem de rastreadores para precificação de apólices, recuperação de veículos e mitigação de fraudes, o impacto financeiro pode ser significativo.

"O desligamento das redes legadas é inevitável e já começou a ocorrer, com iniciativas como o RAN Sharing entre Vivo e Tim em mais de 1.300 municípios. Quem não se preparar a tempo enfrentará interrupções de serviço e perda de controle operacional", alerta Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field e coautor dos estudos.

Além disso, a transição exige atenção a questões técnicas, como a compatibilidade com bandas de frequência brasileiras, a maturidade da infraestrutura 4G (LTE) e o funcionamento do SMS sobre IP, recurso amplamente utilizado no envio de alertas e mensagens automáticas.

Impacto ambiental e responsabilidade no descarte

Outro desafio destacado pelo estudo é o descarte massivo de dispositivos 2G e 3G, que pode gerar um impacto ambiental significativo. Com a previsão de substituição de mais de 22 milhões de equipamentos, a gestão de resíduos eletrônicos torna-se uma questão urgente.

A Links Field já iniciou ações para mitigar esse impacto, firmando parcerias com a Ambipar para reciclagem de resíduos. Desde 2019, a operadora compensou 100% dos seus SIM Cards físicos, totalizando mais de três toneladas de plástico reciclado. Esse modelo de logística reversa será ampliado para incluir o descarte de dispositivos obsoletos, reforçando a importância de práticas sustentáveis no setor.

Oportunidade para modernização no setor de seguros

Apesar dos desafios, a transição para redes 4G e tecnologias mais avançadas representa uma oportunidade estratégica para o mercado de seguros. Dispositivos de rastreamento modernos, equipados com funcionalidades aprimoradasvida útil estendida e maior eficiência operacional, podem trazer vantagens competitivas para seguradoras que anteciparem o processo de migração.

"Essa mudança vai muito além de substituir um rastreador. Trata-se de uma reestruturação completa de como os dispositivos IoT operam no Brasil, com impacto direto em eficiência, inovação e modelos de negócio. Quem sair na frente terá uma posição de destaque em um mercado cada vez mais competitivo", conclui Rodrigues.

Prepare-se para o futuro

A migração para redes 4G não é apenas uma necessidade técnica, mas uma estratégia de sustentabilidade e competitividade no mercado de seguros. Empresas que anteciparem a transição estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios do setor e aproveitar as oportunidades de modernização tecnológica.

Os estudos completos estão disponíveis para download nos links:





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