June 20, 2025
Por 🏆 Seguro Gaúcho | Andréia Pires
A complexidade dos riscos que rondam as empresas brasileiras tem exigido muito mais do que a tradicional proteção ao patrimônio físico. Cada vez mais, o seguro empresarial avança em coberturas que envolvem responsabilidade civil, riscos cibernéticos, perda de receitas, proteção jurídica e até desastres naturais. Para o advogado Juliano Ferrer, especialista em Direito do Seguro e sócio da C. Josias & Ferrer Advogados, a chave está em entender as necessidades específicas de cada negócio.
“Efetivamente, os produtos de proteção patrimonial trazem coberturas das mais variadas. Isso atendendo à complexidade de riscos a que as empresas possam estar expostas, considerando suas atividades, estrutura, objetivos e até tamanho. O importante é saber encontrar e escolher o que mais se adapta e mais faz sentido”, afirma Ferrer, destacando a importância do conhecimento técnico para identificar as coberturas adicionais ou especiais mais adequadas.
No entanto, o desafio de disseminar essa cultura ainda é grande, principalmente diante de um cenário econômico desafiador, em que muitos empresários seguem enxergando o seguro como um gasto, e não como um instrumento estratégico para a continuidade dos negócios.
“O seguro precisa ser visto como estratégico, essencial na proteção do negócio. E essa cultura ainda não prevalece no meio empresarial brasileiro. O mercado consumidor ainda atua de forma reativa. Se interessa pelo seguro após a ocorrência de um sinistro”, avalia o advogado. Para ele, cabe ao mercado segurador trabalhar intensamente na conscientização, demonstrando as vantagens e a variedade de soluções já disponíveis.
Com o avanço da tecnologia e da personalização, novos modelos de subscrição mais inteligente vêm permitindo ofertas de seguros cada vez mais customizadas, levando em conta o porte, o setor e o perfil de risco da empresa. Mas, segundo Ferrer, a contratação responsável ainda depende de uma etapa fundamental: a análise de risco.
“É muito importante que a contratação do seguro seja precedida de uma análise de risco e necessidade. E isso é trabalho para especialista em seguros. Que não necessariamente vendam seguros, mas que saiba identificar os riscos e as necessidades da empresa”, defende.
A urgência dessa mudança de mentalidade foi escancarada com os eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024. Empresas de todos os portes foram duramente impactadas — muitas sem cobertura adequada ou com estimativas subdimensionadas. Ferrer traz dados alarmantes para ilustrar o problema.
“A tragédia no Rio Grande do Sul desmascarou o quanto precisamos avançar na contratação de seguro, em todas as áreas e atividades, mesmo sendo um dos Estados da Federação que mais adquire proteção. Para se ter uma ideia, pesquisa feita pela FIERGS revelou que 52% das apólices de seguro empresarial, no RS, foram emitidas sem cobertura para alagamento/inundação. E muitos que adquiriram a cobertura, deixaram de estimar adequadamente qual o valor do risco a que estavam expostos. Isso é uma pena”.
Para o especialista, o momento exige um reposicionamento cultural e estratégico. A proteção empresarial, mais do que um item de checklist, deve ser incorporada como ferramenta essencial de gestão de riscos — seja para desastres naturais, ameaças cibernéticas ou oscilações financeiras. Afinal, como ele mesmo destaca, a prevenção custa menos do que o prejuízo.
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