June 27, 2025
Por 🏆 Seguro Gaúcho | Andréia Pires
Em um formato descontraído, mas repleto de conteúdo técnico e reflexões estratégicas, o 1º Congresso do CVG-RS abriu espaço para um Podcast ao vivo que colocou o seguro de vida no centro do debate. Com a mediação de André Rezende, Head de Treinamento de Negócios da Azos, a mesa-redonda reuniu executivos de grandes seguradoras para discutir o presente e o futuro do setor, tendo como pano de fundo o comportamento do consumidor, a inovação em produtos e o papel do corretor.
O bate-papo começou com uma comemoração: André destacou a marca de 10 mil seguidores do perfil Canal do Corretor no Instagram e, em seguida, provocou os convidados. “O que mudou no comportamento do consumidor nos últimos tempos? E, num cenário em que as empresas evoluem em termos de cultura, o que você transformaria hoje dentro da sua seguradora?”, questionou.
O consumidor quer personalização — e exige preparo do mercado
Para Anderson Mundim, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência na Região Sul, São Paulo capital e interior, a personalização deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência do público. “As coberturas básicas são muito próximas, por isso a necessidade de personalizar. A personalização é o detalhe que acompanha a mudança de comportamento e perfil do consumidor”, afirmou. Ele ainda destacou que, na prática, essa atenção ao que o prospect precisa se traduz em maior valor para o corretor. “Com a especialização do produto, a gente consegue dar maior valor ao corretor daquilo que ele traz de forma exclusiva”, completou.
Mais instrução, novos medos e desafios para o setor
Na visão de Alexandre Vicente, diretor de Produtos Vida, Habitacional e Afinidades do Grupo HDI Seguros, o consumidor está mais instruído e também mais complexo em suas demandas. Ele apresentou dados de uma pesquisa da HDI que apontam que mais de 40% dos entrevistados querem um seguro que cubra despesas médicas e invalidez, enquanto 40% priorizam saúde e 20% educação. Os números, segundo ele, refletem os principais medos do cidadão, conforme levantamento da Fenaprevi. “É um consumidor diferente no modo de se conectar, mas simples no entender”, definiu.
Espaço para crescer, mas com linguagem adequada
O diretor de Mercado da Icatu Seguros, Leonardo Neustadt, enxerga um cenário de amplas possibilidades para o setor. “Há um espaço grande para se desenvolver no mercado. A linguagem está muito qualificada e todos nós estamos aprendendo com este movimento”, comentou. Para ele, o seguro de vida carrega um fator de sensibilização que precisa ser trabalhado de forma contínua, com diálogo próximo e transparente.
Cultura de proteção precisa começar cedo
Levantar o debate sobre a importância do seguro de vida desde cedo também foi um dos pontos defendidos por Luiz Ricardo Araújo, gerente da Academia de Vendas da Seguros Unimed. Para ele, o tema precisa sair dos círculos restritos e ocupar espaços cotidianos. “A gente não fala de seguro de vida, mas é algo que deveria se começar a falar nas escolas, nas igrejas, nas associações. Parece que se criou uma certa barreira. Se a cultura não começar por nós, dificilmente vamos mudar a sociedade”, afirmou.
Araújo também reforçou a importância de ouvir o corretor. “O que o seguro de vida faz pelas pessoas? A gente precisa conversar mais com o corretor e não ficar numa caixa de vidro tentando adivinhar o que eles querem. Precisamos avançar mais para criar produtos que efetivamente atendam os anseios do corretor e do segurado”, concluiu.
Inovação e o futuro do seguro: de tabu a conversa de boteco
Entre outros temas levantados pelo mediador André Rezende, a inovação nos produtos foi pauta obrigatória. Mas, para além da tecnologia e das novas coberturas, o grande desejo comum aos participantes foi o de naturalizar o seguro de vida na rotina das pessoas. “Participei de um podcast onde fui entrevistado e, quando indagado, falei: espero que daqui a alguns anos a gente possa estar falando de seguro de vida em um boteco de forma natural”, compartilhou André, arrancando risadas e concordância dos colegas de mesa.
O Podcast ao vivo do 1º Congresso CVG-RS, além de levar informação de qualidade, reforçou o compromisso do setor em tornar o seguro de vida mais acessível, próximo e alinhado às necessidades reais do consumidor. E, como destacou o debate, esse movimento começa pelas pessoas — corretores, seguradoras e o próprio cliente — e pela forma como o mercado escolhe se comunicar.
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