October 2, 2025
Por 🏆 Seguro Gaúcho | André Bresolin
O setor de seguros no Rio Grande do Sul esteve em destaque nesta quarta-feira (1º) durante o Almoço do Mercado Segurador, realizado no Hotel Deville, em Porto Alegre (RS). Promovido pelo Sindicato das Seguradoras do RS (SindsegRS), o evento fez referência especial aos 130 anos da entidade. O momento principal da atividade foi a palestra “Perspectivas e agenda prioritária do mercado brasileiro de seguros” realizada pelo presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.
O presidente do SindsegRS, Ederson Daronco, exaltou o aniversário de 130 anos do Sindicato das Seguradoras, ocorrido em 14 de agosto, ressaltando que a entidade tem uma trajetória rica em realizações e em benefício do constante crescimento do mercado segurador. “Nosso sindicato sempre foi pautado por ética, seriedade e procurou atuar na difusão da cultura do seguro na sociedade”, disse. Daronco afirmou que atualmente o SindsegRS tem como missão estreitar laços com instituições públicas e privadas, realizar eventos estratégicos e atuar de forma integrada com a CNSeg e as federações. “Ao longo dessas 13 décadas tivemos relevante atuação na economia gaúcho e nossa atuação sempre esteve comprometida com as melhorias promovidas pela sociedade e com as novas inciativas econômicas. O mercado de seguros brasileiro segue crescendo. Somente no primeiro semestre de 2025 devolvemos à sociedade cerca de R$ 268 bilhões na forma de indenizações, benefícios, resgates, sorteios e despesas assistenciais de saúde”, destacou o presidente do Sindicato das Seguradoras do RS.
Em um momento especial da atividade foi apresentada a nova identidade visual do SindsegRS, em referência aos 130 anos de trajetória da entidade. A apresentação audiovisual didática foi conduzida pelo publicitário Henrique Lago.
O presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Dyogo Oliveira, explanou sobre a agenda prioritária do mercado segurador. O executivo iniciou sua fala abordando a Lei nº 15.040/2024, que estabelece um novo marco legal para o seguro privado, visando modernizar as regras, aumentar a segurança jurídica, promover a transparência e proteger o consumidor. “Essa lei tem o grande mérito de conter no mesmo documento toda a disciplina do mercado de seguros, desde a aceitação até a liquidação do sinistro, como funcionam a subscrição, o contrato, a notificação de indenização e a regulação”, explicou Oliveira. Em sua opinião o Novo Marco Legal dos Seguros tem outro aspecto de muita relevância: “essa lei fomenta a troca de informações entre seguradora e segurados”.
O executivo analisou a Lei Complementar 213/2025, que estabelece novas regras para as sociedades cooperativas de seguros e as operações de proteção patrimonial mutualista: “eu acho que haverá uma grande depuração desse mercado e dentro de 5 anos deveremos ter umas 200 associações de proteção veicular (apvs) em atividade e algumas irão tornar-se seguradoras”.
O presidente da CNSeg comentou que a entidade participará da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a (COP30), que acontece em Belém, no mês de novembro. O engajamento será tão grande que foi criado o site oficial da Casa do Seguro, principal fonte de informações sobre as atividades e iniciativas do setor segurador durante a Conferência. “Em 2024 nós tivemos dentro do mercado segurador perdas indenizadas por incidentes climáticos da ordem de US$ 170 bilhões. Durante a COP30 vamos lançar o Relatório Brasil e pela primeira vez vamos saber o quanto a gente está pagando em nível nacional. Ao vermos o atual cenário e que as mudanças climáticas passarão a fazer parte de todas as apólices de seguros existentes no planeta, os riscos que hoje nós subscrevemos irão estar impactados de uma maneira ou de outra pelo aumento dos riscos climáticos”, enfatizou o executivo.
Oliveira apresentou a agenda de sustentabilidade do setor de seguros e suas prioridades: seguro catástrofe, Green Bonds e investimentos sustentáveis, proteção de investimentos em infraestrutura, seguro rural e fundo rural, hub de riscos climáticos, taxonomia sustentável Brasil e soluções baseadas na natureza. O executivo encerrou sua participação no Almoço do Mercado Segurador destacando que o setor de seguros vem apresentando um ano bastante positivo. “Em 2025 nossas indenizações estão crescendo 8,7%. Até o mês de julho já foram pagos R$ 268 bilhões em indenizações e as receitas do segmento estão apresentando crescimento de 4,2%, somando R$ 376 bilhões. No Rio Grande do Sul as coisas ainda não voltaram ao normal, pois na região ainda são sentidas as consequências das enchentes. Em termos de receitas os números estão praticamente no mesmo nível do ano passado, também, em grande medida, impactado pelos eventos decorrentes da catástrofe climática”, concluiu o presidente da CNseg.
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